Inovador
Com o foco dirigido à saúde mental
Projeto Integra reúne cinco profissionais, de quatro áreas diferentes, e oferece suporte no consultório e domiciliar aos pacientes
Paulo Rossi -
Estudos demonstram que de 10% a 20% da população possuem indicativo de transtorno mental no mundo. Qualificar os serviços nesta área, portanto, torna-se cada vez mais importante. E com foco direcionado a todas as idades.
Em Pelotas, o projeto Integra - Cuidado Interdisciplinar em Saúde Mental divide o alvo em duas frentes de trabalho: o consultório e o suporte domiciliar aos pacientes. A proposta, iniciada em março, coloca lado a lado cinco profissionais de quatro especialidades diferentes: Psiquiatria, Psicologia, Enfermagem e Arteterapia. A troca de conhecimentos e as duas possibilidades de atendimento - na clínica e em casa - permitem a criação de diferentes planos terapêuticos, conforme as características de cada caso.
Não há um modelo único a ser adotado. O que existem são alguns pontos centrais a perseguir: a prevenção de crises e um olhar também voltado à família, que pode se transformar em aliada na identificação de sinais de que o paciente está a um passo de se desestabilizar. E, para isso, é fundamental que os quadros sejam encarados - e tratados - como doenças, que exigem cuidados especializados.
"Queremos entrar na humanidade das pessoas e enxergá-las mais integralmente", ressalta o psiquiatra Gabriel Vieira. Estigmas, traumas, preconceitos. Há uma série de barreiras a vencer, para que os resultados venham alicerçados sobre o tripé paciente-cuidador-profissional da Saúde Mental.
Conheça melhor o Integra
- Diferencial é o acompanhamento domiciliar: A possibilidade de pelo menos parte do tratamento ocorrer em casa é o grande diferencial do projeto, já que em situações mais agudas é comum o paciente sequer ter ânimo para ir em busca de atendimento.
O Integra não nega a necessidade de internação hospitalar em casos mais graves, mas a intenção é de que, sempre que possível, o paciente não quebre o conforto de estar em casa, acompanhado de familiares e amigos. A aposta é de que, conforme o nível de confiança estabelecido com a equipe, mesmo quadros de surtos psicóticos possam ser revertidos antes do encaminhamento à rede hospitalar.
- Retaguarda em diferentes horários: Esse é mais um dos pontos positivos do trabalho. O quinteto estará organizado de modo a sempre ter um dos profissionais de sobreaviso; seja final de semana ou madrugada. O chamado só será atendido, entretanto, se do outro lado da linha estiverem pacientes ou familiares de pessoas já acompanhadas pelo grupo. O número não é, simplesmente, um telefone para emergências; nos moldes do que ocorre com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), acionado a qualquer momento, não raro, para quadros de Saúde Mental.
- Atenção a todas faixas etárias: Os cuidados serão dirigidos a todas as faixas etárias. De crianças a idosos.
Conheça o grupo
- Gabriel Vieira: psiquiatra
- Giovana Barreto: psiquiatra
- Mário Guedes: psicólogo
- Leo Jaime da Silva: enfermeiro
- Gilberto Isquierdo: arteterapeuta
* Saiba mais: Os profissionais têm larga experiência em atendimentos de Saúde Mental. Ao longo dos anos, chegaram a compor as mesmas equipes em ambientes como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) de cidades da região, onde parte deles atua até hoje.
Agora, através do Integra, o quinteto volta a firmar parceria, mas não pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto está disponível apenas pela rede privada.
* Informações: Entre em contato pelo telefone (53) 98147-6645.
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